A Armada de la República de Colombia (ARC) recebeu oficialmente o navio de patrulha offshore (OPV) ARC Victoria, em 30 de março, em Cartagena, segundo a Corporação Colombiana de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento das Indústrias Navais, Marítimas e Fluviais (COTECMAR).
A nova embarcação, originalmente batizada de ARC Santander, foi entregue sem seu armamento principal, que é uma torre de 76 mm Oto Melara Super Rapid que a Marinha instalará posteriormente.
Baseado no projeto OPV-80 da Fassmer, o Victoria é a último de uma série de três desses navios produzidos pela COTECMAR para a ARC. Ao contrário de seus dois irmãos mais novos, o Victoria é equipado com um convoo maior e reforçado que acomoda um helicóptero médio de 10,5 toneladas, como o Sikorsky S-70B Seahawk.
O primeiro ministro da Tailândia Prayut Chan-o-cha anunciou no final do mês passado que o país vai comprar três submarinos chineses pelo preço de dois.
O anúncio do PM encerra uma espera de mais de duas décadas da Marinha. A Tailândia tinha quatro submarinos em 1937, feitos no Japão. Eles ficaram danificados ao longo do tempo e após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, os submarinos foram desativados em 1951.
Desde então, a Tailândia ficou sem submarinos. Em 1995, a Marinha Tailandesa reavivou sua busca por submarinos para operar nas águas tailandesas, especialmente no Golfo da Tailândia.
Vários países ocidentais — Alemanha, Suécia, França — e a Rússia estavam ansiosos para oferecer novos submarinos a bons preços, mas o sonho da Marinha foi prejudicado por falta de orçamento e problemas políticos.
Em 2010, a Marinha buscou outra tentativa, buscando seis submarinos da Alemanha, embora fossem de segunda mão. A Marinha então reajustou o plano, buscando um submarino novo da Alemanha ou da Coréia do Sul, mas mesmo essa oferta foi suspensa.
Foi somente quando o atual governo militar assumiu o poder em 2014 que a Marinha sentiu-se mais perto de realizar seu sonho.
Os três submarinos serão da classe Yuan Classe S26 T, que foram desenvolvidos exclusivamente para a Tailândia com base na classe chinesa “Yuan”, Type 039A (evolução da classe “Song”).
Type 039A
Eles têm quase 78 metros de comprimento e 9 metros de boca, equipados com o mais recente sistema de tecnologia AIP (Air Independent Propulsion), que lhes permitiria mergulhar consecutivamente até 21 dias sem voltar à superfície.
O acordo vai custar à Tailândia 13,6 bilhões de Baht (US$ 395,8 milhões).
Percebendo a crítica da obsessão da Marinha com a aquisição de submarinos, Prayut exortou o público a entender por que o país precisava dos submarinos, e também da China.
“Os submarinos da China são os mais baratos com a qualidade relativamente aceitável. Ela também ofereceu serviços após a compra, algo extra que temos recebido. Perguntei ao meu vice-primeiro-ministro Prawit [Wongsuwan], e ele está pronto para qualquer exame de sua validade.
“Não somos ricos, e não temos muito dinheiro para gastar [neles]. Não podemos construí-los por conta própria, então temos que comprá-los de outros “, disse Prayut.
FONTE: The Nation
NOTA DO EDITOR: em 26 de outubro de 2006, um submarino chinês da classe “Song” emergiu de repente, dentro do alcance de lançamento de seus torpedos antes de ser detectado, a cerca de 5 milhas náuticas (9 km) do porta-aviões USS Kitty Hawk enquanto este estava operando no Mar da China Oriental, entre o Japão e Taiwan. O submarino foi avistado pelo piloto de um caça F/A-18C e confirmado pela tripulação de um EA-6B da grupo aéreo do Kitty Hawk.
O RFA Tidespring, o navio líder dos novos navios-tanque da classe “Tide”, construídos para a Grã-Bretanha pelo construtor naval sul-coreano Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, chegou ao Reino Unido em 2 de abril.
O Tidespring começou sua viagem da Coreia do Sul em fevereiro depois de ser oficialmente aceito pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, em 12 de janeiro de 2017.
O Tidespring teve a quilha batida em dezembro de 2014 e lançado em abril de 2015. O navio era esperado para chegar às águas do Reino Unido em 2016 para receber os equipamentos, mas foi adiado por mudanças de projeto elétrico e questões de cabeamento.
Concepção de um NT classe Tide reabastecendo um destróier Type 45
O RFA Tiderace, o segundo navio da classe, foi lançado na Coreia do Sul em dezembro de 2016. Apesar dos atrasos no primeiro navio, o Reino Unido ainda espera que os quatro navios-tanques sejam entregues até 2018.
Os RFA Tidespring, RFA Tiderace, RFA Tidesurge e RFA Tideforce projetados pela BMT Defence Services têm 201 metros de comprimento, com boca de quase 29 metros e um deslocamento de mais de 37.000 toneladas.
Os navios manterão a capacidade da Royal Navy de reabastecimento no mar e fornecerão combustível para navios de guerra e grupos de tarefa. Eles apoiarão as forças anfíbias, terrestres e aéreas desdobradas próximas à costa e terão a capacidade de operar helicópteros.
“É fantástico ver que o RFA TIDESPRING chegou ao Reino Unido. Como designer, este é um momento extremamente orgulhoso para todos que estiveram envolvidos neste projeto”, disse Muir Macdonald, diretor-gerente da BMT Defence Services.
A Marinha do Brasil lançou uma concorrência para a contratação de empresa especializada na execução dos serviços de remoção e transporte, por via marítima, do casco EI-515 parcialmente construído (futuro Navio Patrulha (NPa) Maracanã) do Estaleiro Ilha S.A. (EISA), com entrega no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), por meio de operações de “Load Out”, transporte marítimo e lançamento.
No final de 2015 o estaleiro EISA encerrou operações e demitiu cerca de três mil funcionários, na Ilha do Governador. Os portões foram lacrados e a presidência do estaleiro – controlado pela holding Synergy Shipyards -, justificou o corte de pessoal pelos impactos da recessão econômica e da operação Lava-Jato. O Estaleiro Ilha S.A (Eisa) confirmou na mesma época em nota que tinha entrado com pedido de recuperação judicial.
Em 11 de abril em Toulon, a DCNS entregou a fragata FREMM multimissão Auvergne para a Marinha Francesa, conforme estipulado no contrato. Esta fragata é a quarta da série encomendada pela OCCAR1 em nome da DGA (Agência Francesa de Aquisição de Armamento).
A entrega da fragata FREMM multimissão Auvergne é o resultado de um projeto e processo de construção gerenciado pela DCNS em estreita cooperação com as equipes da Marinha Francesa, DGA e OCCAR.
Este sucesso industrial e tecnológico empregou muitas instalações da DCNS e seus parceiros e subcontratados para garantir o cumprimento das etapas industriais, em especial o lançamento em setembro de 2015 e a primeira excursão marítima em setembro de 2016.
“A entrega do FREMM Auvergne representa uma oportunidade para aplaudir a proeza industrial e tecnológica da DCNS e dos seus subcontratados. A fragata Auvergne ilustra a nossa capacidade de produzir e entregar a tempo uma série de navios de combate de primeira linha para satisfazer as necessidades das nossas marinhas clientes “, indica Nicolas Gaspard, diretor do programa FREMM da DCNS.
Na conclusão, o programa FREMM irá representar a construção de dez navios nas instalações da DCNS Lorient, dos quais oito para a Marinha Francesa. Seis FREMM terão sido entregues à Armada Francesa antes do final de 2019, de acordo com a lei de programação militar 2014-2019.
A DCNS está atualmente concluindo a FREMM Bretagne, que foi lançada em 16 de setembro de 2016, e está prosseguindo na montagem da FREMM Normandie. Além disso, já começou a trabalhar a nona FREMM da série, a Alsácia, que será uma das duas FREMM com capacidades antiaéreas reforçadas, cujas entregas estão programadas para antes de 2022.
Visão geral da série FREMM
• Aquitaine, primeira da série, entregue em 2012
• Mohammed VI, entregue à Royal Navy marroquina em 2014
• Provence, entregue em junho de 2015
• Tahya Misr, entregue à Marinha Egípcia em junho de 2015
• Languedoc, entregue em 16 de março de 2016
• Auvergne, entregue hoje
• Bretanha e Normandia, a serem entregues em 2018 e 2019
• Alsácia e Lorena com capacidades antiaéreas reforçadas a serem entregues em 2021 e 2022
Características técnicas da FREMM
Sob a gestão do projeto da DCNS, as fragatas FREMM, fortemente armadas, estão equipadas com os sistemas e equipamentos de armas mais eficazes, como o radar multifuncional Herakles, o míssil naval de cruzeiro Scalp, os mísseis Aster e MM 40 Exocet e os torpedos MU 90.
• Comprimento total: 142 metros
• Boca: 20 metros
• Deslocamento: 6.000 toneladas
• Velocidade Máx.: 27 nós
• Tripulação: 108 pessoas (incluindo o destacamento de helicópteros)
• Capacidade de alojamento: 145 pessoas
• Alcance de cruzeiro: 6.000 milhas náuticas a 15 nós
Sobre a DCNS
A DCNS é um líder europeu em defesa naval e um dos principais protagonistas nas energias marinhas renováveis. Como empresa internacional de alta tecnologia, a DCNS utiliza seu extraordinário know-how, recursos industriais exclusivos e capacidade para organizar parcerias estratégicas inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. A DCNS projeta, constrói e suporta submarinos e navios de superfície. Também fornece serviços a estaleiros navais e bases navais. Além disso, o Grupo oferece uma vasta gama de soluções de energia marinha renovável. Atenta à responsabilidade social corporativa, a DCNS adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O Grupo registou receitas de 3,19 bilhões de euros e tem uma força de trabalho de 12.779 colaboradores (dados de 2016). www.dcnsgroup.com
Concepção do submarino com propulsão nuclear Álvaro Alberto
O Projeto Preliminar do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) foi concluído, com sucesso, em janeiro deste ano.
O Projeto está sendo conduzido pelo Corpo Técnico de Projeto (CTP), no Escritório Técnico de Projetos (ETP) da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), localizado nas dependências do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), subordinados à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Na parceria com a França, a Empresa francesa “DCNS” tem, como uma das atribuições contratuais, a Transferência de Tecnologia (ToT), em Projeto de Submarinos, exceto ao que se refere à planta de propulsão nuclear, cuja responsabilidade é, exclusivamente, da Marinha do Brasil.
Ressalta-se que, no escopo da ToT, a DCNS transfere know how quanto ao Projeto de Submarinos, além de prover Assistência Técnica, Suporte e Capacitação ao CTP, por meio de treinamento e transferência de documentação técnica de referência.
O CTP conta, hoje, com, aproximadamente, 200 integrantes, entre militares (Oficiais e Praças) e Funcionários Civis da Empresa “Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.” (AMAZUL), nos níveis de ensino superior e médio, dos quais 59 receberam treinamento em Projeto de Submarinos e Apoio Logístico Integrado (ALI), tanto na França, quanto no Brasil.
A conclusão do Projeto Preliminar foi validada pela DCNS e os seus resultados demonstraram a viabilidade e a exequibilidade do Projeto Final do SN-BR. O sucesso evidenciado ao término dessa Fase traduz um importante marco para a Marinha, transmitindo a confiança necessária para o prosseguimento das Fases subsequentes, quais sejam: detalhamento e construção do SN-BR.
Trieste, 10 de abril de 2017 – A cerimônia de lançamento da seção de proa da unidade de apoio logístico LSS “Vulcano” aconteceu no estaleiro de Castellammare di Stabia (Nápoles), na presença da ministra italiana de Defesa, Roberta Pinotti. A unidade foi encomendada à Fincantieri dentro do plano de renovação da frota da Marinha italiana.
A madrinha da cerimônia foi a Sra. Maria Teresa Piras, viúva de Emilio Attramini, jovem oficial da Marinha italiana, que morreu em 1977 no desastre aéreo do Monte Serra.
A cerimônia contou com a participação do subsecretário de Estado para a Defesa, Gioacchino Alfano, do Chefe do Estado Maior da Marinha Italiana, Almirante Valter Girardelli, do Presidente da Câmara Municipal de Castellammare di Stabia, Antonio Pannullo e do Presidente da Fincantieri, o Embaixador Giampiero Massolo .
A seção de proa lançada, com 94 metros de comprimento, 24 metros de largura, 16,3 metros de altura, pesando cerca de 4.100 toneladas, será transportada por via marítima para o estaleiro em Muggiano (La Spezia), onde será usada para montar toda a unidade com a seção de popa. A entrega do LSS está prevista para 2019.
O programa plurianual para a renovação da frota da Marinha italiana prevê a construção, além do LSS, de uma unidade de transporte e desembarque (LHD ou Landing Helicopter Dock) — esta unidade também será construída neste estaleiro com obras iniciando este Verão e lançamento no verão de 2019 —, bem como sete Navios de Patrulha Offshore Multipropósito (PPA), com outros três em opção.
A característica fundamental comum a todas as três classes de navios é o seu elevado nível de inovação, proporcionando-lhes um grau considerável de eficiência e flexibilidade para servir em diferentes perfis de missão. Em particular, trata-se de navios de dupla utilização, o que significa que podem ser utilizados para fins militares comuns e para a comunidade (como, por exemplo, para a proteção civil) e têm também um baixo impacto ambiental graças ao sistema de propulsão auxiliar de última geração que gera um baixo nível de emissões de poluição (motores elétricos).
O navio “Vulcano” será classificado pelo RINA em conformidade com as convenções internacionais sobre a prevenção da poluição em relação aos aspectos mais tradicionais, como os da Convenção MARPOL, bem como os ainda não obrigatórios, como a Convenção de Hong Kong sobre a reciclagem de navios.
Características do navio – LSS – Logistic Support Ship
O LSS é uma embarcação que fornece apoio logístico à frota, dotada de recursos hospitalares e de saúde, graças à presença de um hospital totalmente equipado, com salas cirúrgicas, salas de radiologia e análise, consultório odontológico e salas hospitalares capazes de hospedar até 12 pacientes seriamente feridos.
O navio é capaz de combinar capacidade de transporte e transferência para outros navios de transporte utilizados para líquidos (combustível para motores diesel, combustível para aeronaves, água doce) e sólidos (peças sobressalentes de emergência, alimentos e munições) e para realizar reparações e manutenção no mar para outras embarcações.
Os sistemas de defesa estão limitados à capacidade de comando e controle em cenários táticos, comunicações e sistemas de defesa dissuasivos e não letais. O navio também é capaz de embarcar sistemas de defesa mais complexos e tornar-se uma plataforma de inteligência e guerra eletrônica.
165 metros de comprimento
Velocidade de 20 nós
200 pessoas incluindo tripulação e especialistas
4 estação de reabastecimento na proa e 1 na popa
Capacidade para fornecer água potável à terra
Capacidade de fornecer electricidade para terra com 2500 kw de potência
Possibilidade de embarcar até 8 módulos residenciais e de saúde
Capacidade para realizar resgates no mar, através de operações de recuperação e de
fundo do mar (o navio está equipado com um estabilizador de 30 toneladas estabilizado no mar)
Base para operações de salvamento através de helicópteros e navios especiais
O navio-aeródromo Pre-Commissioning Unit (PCU) USS Gerald R. Ford (CVN 78) chega à Naval Station Norfolk após sete dias em provas de mar do construtor (U.S. Navy Photo by Mass Communication Specialist 1st Class Christopher Lindahl/Released)
WASHINGTON (NNS) – O futuro USS Gerald R. Ford (CVN 78) retornou das provas de mar do construtor para a Estação Naval de Norfolk, Virgínia, em 14 de abril, depois de sete dias no mar.
Durante este período inicial no mar, a tripulação do Ford, os representantes do Huntington Ingalls Industries-Newport News Shipbuilding, o Escritório do Programa CVN 78 da Marinha, o Supervisor de Construção Naval da Marinha, Conversão e Reparação e vários especialistas técnicos demonstraram muitas das capacidades do navio incluindo o rastreamento de aeronaves usando o Dual Band Radar, conduziu ciclos “sem carga” usando o novo sistema eletromagnético de lançamento de aeronaves (EMALS) e operações com pequenas embarcações.
Como é típico com as provas do mar, a Marinha e o estaleiro aprenderam muito sobre a performance do navio durante o teste extensivo. A análise continua e todas as ações corretivas identificadas serão tratadas.
O CVN 78 permanece no caminho certo para realizar testes de aceitação e entrega para a Marinha nesta primavera.
Três executivos da Odebrecht relataram que lobista José Amaro Ramos recebeu valores não-contabilizados na conta de uma offshore, no Uruguai, entre 2010 e 2014
O chefe do setor de infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior confessou à Operação Lava Jato que a empresa pagou 40 milhões de euros para o lobista José Amaro Pinto Ramos para fechar o contrato de parceria com a gigante francesa DCNS para a construção de cinco submarinos – um deles, movido a energia nuclear – para a Marinha brasileira. O negócio teve propinas para o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luis Pinheiro da Silva e para o PT.
“Aprovei pagamentos a José Amaro Ramos no valor de aproximadamente EUR 40 milhões, com recursos não-contabilizados, os quais foram realizados em parcelas ao longo da execução do contrato”, revelou o executivo, em sua delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O projeto de submarinos – quatro convencionais e um nuclear -, orçado inicialmente em 6,7 bilhões de euros, só saiu do papel após parceria com a França. Atualmente, a previsão é de R$ 31,8 bilhões de gastos. O programa foi entregue a um consórcio formado pela Odebrecht, pelo estaleiro francês DCNS, cujo principal acionista é o governo da França, e a Marinha brasileira.
Concepção do novo estaleiro e base naval atualmente em construção em Itaguaí no Rio de Janeiro
Delatores afirmaram que a construtora repassou dinheiro relativo ao projeto do submarino nuclear a lobista. Os valores, posteriormente, foram distribuídos a ex-almirantes e viúvas de militares
Nos depoimentos da delação premiada, ex-executivos da Odebrecht contaram aos investigadores que parte do orçamento para construção do submarino nuclear brasileiro, o principal projeto do país na área militar, foi repassada como propina para ex-almirantes da Marinha e para o PT.
As pessoas citadas nas delações negaram as denúncias (veja ao final desta reportagem o que disseram).
O Prosub – programa de desenvolvimento de submarinos – é uma parceria do Brasil com a França, que envolve a transferência de tecnologia francesa estrangeira para o país. O projeto ainda está em andamento e, segundo a Marinha, o programa do desenvolvimento do submarino nuclear deve ficar pronto em 2027. Até agora, a Odebrecht, uma das empresas que integram o consórcio do projeto, já recebeu mais de R$ 6 bilhões pelas obras.
A outra empresa que faz parte do programa é a francesa DCNS. De acordo com o herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, por se tratar de um projeto com transferência de tecnologia, uma empresa brasileira teria que fazer parte do consórcio. Ele contou que, após a Marinha do Brasil fechar o acordo com a DCNS, a companhia francesa convidou a Odebrecht para integrar o projeto.
No entanto, os delatores contaram que a DCNS impôs uma condição: que a Odebrecht repassasse valores para o lobista José Amaro Ramos, que ficaria responsável por distribuir o dinheiro entre os demais participantes do esquema.
Segundo o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior, o acordo foi feito em Paris. Ele disse ainda que repassou cerca de 40 milhões de euros para Amaro Ramos.
“Quando da assinatura do nosso consórcio, fui a uma reunião em Paris pra assinatura. E um dos executivos da DCNS, na presença do doutor José Amaro Ramos disse: ‘está tudo tranquilo, está tudo bem, mas eu preciso que o senhor faça um contrato e comece a pagar alguns recursos ao José Amaro Ramos. Essa era a condição para que essa parceria evolua”, relatou Benedicto. “A verdade é que eu fiz pagamentos de quase 40 milhões de euros para esse agente”, completou.
Segundo Marcelo Odebrecht, a DNCS queria os repasses a Amaro Ramos porque ele havia “atuado como um consultor pra apoiar a conquista do contrato”. Odebrecht disse ainda que, nos valores negociados do contrato, já constava o custo com o lobista.
“Parece que ela [DNCS] tinha dificuldade de pagar como empresa estatal, e aí o que é que ela fez? Quando ela negociou a nossa parte do contrato, ela já botou o custo do José Ramos, quer dizer, na prática estava no nosso preço”, afirmou Marcelo Odebrecht.
O ex-executivo Luiz Eduardo Soares, que trabalhava no departamento que contabilizava os pagamentos ilegais da Odebrecht, disse que parte do dinheiro repassado ao lobista José Amaro Ramos era destinada a um militar aposentado de alta patente na Marinha, identificado no termo de colaboração como almirante Braga.
“Ele [Braga] recebia esse dinheiro porque, segundo eles, toda a concepção do submarino nuclear saiu da cabeça deles lá na década de 70 e tinham esse acordo com o Amaro Ramos que quando saísse esse negócio eles queriam receber por isso”, afirmou o delator. Soares disse ainda que Braga distribuía o dinheiro para “viúvas de outros almirantes que já faleceram, ex- almirantes”.
Segundo Benedicto Júnior, outro almirante também foi beneficiado no esquema: o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz da Silva Pinheiro, que está preso por um esquema de corrupção na empresa. Benedicto Júnior diz que a empreiteira queria assessoria técnica de Othon na área de tecnologia nuclear e pagou propina em troca disso.
“Ele trouxe uma conta no exterior, se eu não me engano, fizemos alguns pagamentos nessa conta. E fizemos alguns pagamentos em dinheiro que um executivo entregou na casa dele pessoalmente”, disse o delator.
Os pagamentos foram feitos pelo engenheiro Fábio Gandolfo, diretor de contrato da Odebrecht, que também fez delação premiada. Ele contou que entregou pessoalmente, a título de antecipação, R$ 1,2 milhão em quatro parcelas, na casa de Othon Pinheiro, na Barra da Tijuca, no Rio.
Também foram feitos cinco depósitos, no valor de 300 mil euros cada, numa conta indicada por Othon pinheiro, totalizando um 1,5 milhão de euros. Mas os pagamentos foram barrados na Suíça, porque Othon presidia a Eletronuclear.
Pagamentos ao PT
Marcelo Odebrecht afirmou também que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, quando ficou sabendo do contrato da empreiteira no projeto do submarino nuclear, pediu contribuições para o partido. Num primeiro momento, o herdeiro da empreiteira, em conversa com o ex-ministro petista Antônio Palocci, disse que não atenderia o pedido de Vaccari.
“O [Benedicto] Júnior me disse que o Vaccari tinha feito um pedido a ele de receber uma doação, um pagamento, por conta deste contrato. Júnior negou e me falou, até porque parece que o Vaccari continuou insistindo, e eu falei com Palocci: ‘olha, Palocci, houve esse pedido, não tem nenhum cabimento, eu já acertei com você o valor global, não vou ficar acertando valor por projeto, entendeu?’ “, afirmou Odebrecht.
No entanto, segundo Marcelo Odebrecht, em uma conversa posterior Palocci renovou o pedido feito por Vaccari. Odebrecht disse aos investigadore que acha que o PT tinha algum problema na ocasião, por isso precisava do dinheiro. Marcelo Odebrecht disse então que descontaria o valor da “conta italiano”, que se referia ao crédito de propina que Palocci tinha na empresa. O montante final desse repasse, segundo ele, ficou entre R$ 6,5 milhões e R$ 17 milhões.
“Eu sei que nesse momento, até aí parece que o PT estava com problema, precisava…tinha uma demanda. E aí, eu acho que o Palocci, para calar um pouco a boca, vou usar esse termo, talvez, para apaziguar um pouco o Vaccari, aceitou que a gente abatesse. E aí foi esse 6,5, eu me lembro, e talvez tenha um valor também, aí aceitou que eu abatesse na conta italiano […] Ou seja, o Palocci, para apaziguar lá o Vaccari, aceitou que eu abatesse da conta dele um certo… um valor que foi entre 6,5, parece, e depois foi para 17. Entendeu? Foi algo que ficou entre 6,5 e 17”, afirmou Odebrecht.
O que disseram as defesas
A defesa de Othon Luiz da Silva Pinheiro disse que os fatos relatados não correspondem à realidade.
Até a última atualização desta reportagem, a defesa de José Amaro Ramos não havia sido localizada.
A defesa de Palocci disse que dono da Odebrecht – Emílio Odebrecht – afirmou em depoimento que havia quatro pessoas que respondiam pelo apelido de italiano nas planilhas da construtora.
A defesa de Vaccari disse que ele jamais pediu ou recebeu pagamentos ilícitos.
O PT não quis se pronunciar.
A Marinha informou que desconhece qualquer irregularidade envolvendo o programa de submarinos e que também desconhece o “almirante Braga” citado na delação.
O Damen Shipyards Group anunciou a conclusão bem-sucedida de ensaios de mar do Multi-role Aviation Training Vessel (MATV) MV Sycamore. Os ensaios de mar incluíram o teste de todos os sistemas militares a bordo. Após a entrega do final do navio, o MV Sycamore irá realizar diversos treinamentos e tarefas de apoio para a Royal Australian Navy.
Além dos elementos mais tradicionais de testes de mar como manobra e velocidade, o Sycamore MV foi submetido a um extenso programa de testes de todos os sistemas militares a bordo. Isto incluiu o teste do radar de tráfego aéreo, iluminação do convés de voo e combate a incêndios, sistemas de comunicação de cabine de pilotagem e procedimentos de instalação transversal de helicópteros.
Os resultados dos ensaios de mar foram bem sucedidos. Todos os sistemas e processos do navio foram aceitos por representantes da Commonwealth da Austrália.
Ferramenta de treinamento de helicóptero
“Estamos orgulhosos de ouvir que o Sycamore MV passou em seus primeiros testes vitorioso”, diz Damen Sales Director Ásia-Pacífico Roland Briene. “Baseado na bem sucedida e comprovada série de OPVs da Damen, o MATV é um navio muito versátil”.
O principal papel do navio será fornecer uma plataforma de treinamento para todas as possíveis operações relacionadas com helicópteros, tais como pousos e decolagens de helicópteros no conves, operações de reabastecimento de helicópteros (em voo) e controle de tráfego aéreo.
Papel humanitário adicional
No entanto, o versátil design do MATV da Damen permitirá à Royal Australian Navy realizar inúmeras outras tarefas secundárias também. Para isso, o MV Sycamore será capaz de realizar operações de recuperação de torpedo e de minas, treinamento de navegação, suporte de mergulho, familiarização com o oficial marítimo, serviço de reboque de alvo e de escolta, bem como suporte de veículos aéreos não tripulados.
Além disso, o navio de 94 metros de comprimento tem uma grande capacidade de armazenamento, o que lhe dá o potencial para ser mobilizado em operações de ajuda humanitária.
Nas próximas semanas, o MV Sycamore estará preparado para sua viagem inaugural ao porto de Sydney, na Austrália, onde deverá chegar no final de maio.
Falando sobre o futuro das atividades da Damen na Austrália, o Sr. Briene comenta: “Estamos avançando em direção a nossas ambições de construir mais navios para a Marinha Australiana, tendo recentemente submetido proposta ao Programa SEA 1180. É nossa intenção trabalhar em estreita colaboração com a indústria local para o projeto, construindo não só os navios necessários, mas uma indústria de construção naval sustentável para a Austrália com forte potencial de exportação “.
HMS Astute navegando na superfície com um destróier Type 45
A BAE Systems foi premiada com um contrato de £ 1,4 bilhão pelo Ministério da Defesa do Reino Unido para entregar o próximo submarino da classe Astute à Royal Navy.
Agamemnon será o sexto de sete submarinos de ataque nucleares projetados e fabricados no local da Companhia em Barrow-in-Furness, Cumbria.
Will Blamey, Diretor Executivo da BAE Systems Submarines, afirmou: “Garantir o contrato para o sexto submarino da classe Astute é um marco significativo para a BAE Systems e o resultado de muitos anos de trabalho árduo por parte da nossa força de trabalho altamente qualificada.
“Os submarinos da classe Astute estão entre os mais capazes e tecnologicamente avançados do mundo e estamos imensamente orgulhosos de construí-los para a Royal Navy”.
O secretário de Defesa Sir Michael Fallon disse: “Este último investimento significa que estamos a caminho de completar a nossa frota de submarinos Astute. Estes são os submarinos mais avançados já operados pela Royal Navy e já estão fornecendo níveis sem precedentes de stealth e capacidade de ataque em todo o mundo.
“Apoiado por um aumento do orçamento de defesa e um plano de equipamentos de £ 178 bilhões, Barrow continuará sendo o centro de nossos programas de construção de submarinos, oferecendo empregos altamente qualificados para os próximos anos”.
Os primeiros três submarinos de classe “Astute”, HMS Astute, HMS Ambush e HMS Artful estão atualmente em serviço com a Marinha Real com mais quatro em vários estágios de construção no local de Barrow.
Submarinos Astute em construção
A BAE Systems é o principal contratante responsável pelo projeto, construção, teste e comissionamento dos sete submarinos de ataque nuclear de classe Astute. É também a liderança industrial para o programa Dreadnought, a próxima geração da Royal Navy de submarinos que irá transportar a contínua dissuasão nuclear no mar.
A operação de submarinos da Companhia emprega aproximadamente 8.400 pessoas e gasta mais de £ 300 milhões por ano com mais de 1.000 fornecedores diretos — 85% dos quais são baseados no Reino Unido.
Corte seccional do submarino classe Astute. Clique na imagem para ampliar
O programa de fragata de tamanho médio: a DCNS tem o prazer de ter sido informada pelo Ministério da Defesa francês de uma atribuição de contrato.
O Ministério da Defesa francês anunciou a atribuição à DCNS de um contrato para o desenvolvimento e construção de cinco fragatas de tamanho médio (FTIs) destinadas à Marinha Francesa. A DCNS irá propor uma versão francesa da sua nova fragata BELH@RRA. A primeira das cinco fragatas deste programa gerido pela Agência Francesa de Defesa (DGA) deve ser entregue em 2023, com uma entrada em serviço ativo em 2025.
Uma fragata digital de última geração para a Marinha Francesa
A nova fragata BELH@RRA será projetada e desenvolvida pela DCNS, em gerenciamento de projetos conjuntos com a THALES para o desenvolvimento do radar de nova geração com o qual estará equipada.
O lançamento do programa FTI beneficiará as reservas de empregos do Grupo DCNS, sendo a principal delas o site da DCNS Lorient e os seus parceiros subcontratantes: a concepção das fragatas BELH@RRA representa cerca de dois milhões de horas de trabalho para os escritórios de projeto da DCNS. Para todo o Grupo DCNS, a construção de uma fragata BELH@RRA representa, em média, dois milhões de horas de trabalho, das quais trezentas mil horas para os escritórios de design.
Hervé Guillou, Presidente e CEO da DCNS afirma que: “A DCNS tem o orgulho de contribuir, ao lado da THALES, para a renovação das forças navais francesas graças a um novo navio que responde às necessidades de uma marinha de classe mundial. É um componente chave da nossa gama de navios militares e a atribuição deste contrato também nos permite desenvolver uma fragata que atenda às expectativas de um mercado internacional dinâmico”.
Uma fragata de classe mundial de um deslocamento de 4.000 toneladas destinadas à guerra antissubmarino, a versão francesa da BELH@RRA foi projetada para responder às várias necessidades nacionais francesas. Será dotada de capacidades alargadas de projeção de auto-defesa e forças especiais. Por último, mas não menos importante, integrará o novo radar de antena plana THALES SEA FIRE e será equipada com os mísseis Aster 30 da MBDA.
A primeira fragata para “nativos digitais”
Desenvolvida para tripulações que assumirão o comando em torno de 2020, as fragatas BELH@RRA irão se beneficiar das mais recentes tecnologias digitais. Elas serão, em particular, equipadas com um sistema de combate de última geração. Isso trará maior rapidez para análise tática, tomada de decisão e emprego de armas.
A integração das mais recentes tecnologias digitais irá garantir que o navio será capaz de evoluir ao longo de um período de quase quarenta anos. Os sistemas de processamento de informação serão modernizados gradualmente para serem adaptados às mudanças no contexto operacional, à emergência de ameaças futuras e aos ciclos de renovação curtos para as novas tecnologias.
Com a fragata BELH@RRA, a DCNS pretende continuar o sucesso das fragatas de classe La Fayette, uma referência no mercado da defesa naval com mais de vinte unidades vendidas em todo o mundo. A DCNS completa sua linha de produtos ao posicionar esta nova fragata entre o segmento de fragatas FREMM de 6.000 toneladas e a das corvetas Gowind de 2.500 a 3.000 toneladas.
Sobre a DCNS
A DCNS é líder europeia em defesa naval e um dos principais protagonistas nas energias renováveis marinhas. Como empresa internacional de alta tecnologia, a DCNS utiliza seu extraordinário know-how, recursos industriais exclusivos e capacidade para organizar parcerias estratégicas inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. O Grupo projeta, constrói e suporta submarinos e navios de superfície. Também fornece serviços a estaleiros navais e bases navais. Além disso, o Grupo oferece uma vasta gama de soluções de energia renovável marinha. Atenta à responsabilidade social corporativa, a DCNS adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O Grupo registou receitas de 3,19 bilhões de euros e tem uma força de trabalho de 12.779 colaboradores (dados de 2016). www.dcnsgroup.com
A Turquia apresentou seu novo navio anfíbio de desembarque Bayraktar, construído no âmbito do projeto Landing Ship Tank (LST), informou a agência turca Anadolu.
O Bayraktar é o primeiro dos navios construídos no contexto deste projeto, sendo que ele é capaz de fazer frente a ataques atômicos, biológicos e químicos. A embarcação mede 139 metros de cumprimento, 19,6 metros de altura e pesa 7.254 toneladas. Vale assinalar que 71% das tecnologias usadas na construção do navio são turcas, comunicou a Anadolu.
O navio é capaz de transportar cerca de 1.200 toneladas de carga ou vários tanques, veículos blindados e outros meios de transporte. A autonomia do Bayraktar é de 30 dias, em outras palavras, a embarcação pode percorrer mais de 5 mil milhas náuticas (cerca de 9 mil quilômetros) sem reabastecer.
A Turquia é um dos 10 países no mundo capazes de desenhar e construir os navios militares, assegurou o ministro da Defesa turco, Fikri Isik, durante sua intervenção na cerimônia de lançamento à água da embarcação.
A Secretaria da Indústria Militar turca celebrou um acordo com a empresa Havelsan sobre a realização do projeto LST de construção de navios anfíbios para a Marinha do país.
DALIAN, 26 de abril (ChinaMil) – A cerimônia de lançamento do segundo porta-aviões da China foi realizada no Estaleiro Dalian da China Shipbuilding Industry Corporation (CSIC) na manhã de 26 de abril de 2017. O General Fan Changlong, do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e vice-presidente da Comissão Militar Central da China (CMC), participaram da cerimônia e proferiram um discurso.
A cerimônia foi iniciada com o magnífico hino nacional às 9h e uma garrafa de champanhe foi quebrada no porta-aviões como uma forma costumeira de abençoar o navio. Depois disso, o navio foi lentamente rebocado para fora do estaleiro e transferido para o cais.
O segundo porta-aviões chinês foi construído totalmente pela China. O país começou a construí-lo em novembro de 2013. No momento, o casco principal foi concluído e os principais dispositivos do sistema, incluindo fontes de energia foram instalados nos seus lugares.
Desdocar e lançar é um dos pontos mais importantes da construção de porta-aviões, e marcam progressos significativos em fase de concepção e construção de forma independente. Em seguida, o navio irá receber seus dispositivos de sistema e terminar a construção como planejado, e iniciar os testes de uma maneira geral.
O Comandante da Marinha, Shen Jinlong, o Comissário Político da Marinha, Miao Hua, e o Presidente do CSIC, Hu Wenming, também participaram da cerimônia.
FONTE: China Military
NOTA DO PODER NAVAL: A concepção e construção do segundo porta-aviões denominado CV001A baseia-se na experiência, pesquisas e treinamento no primeiro porta-aviões chinês, o Liaoning (CV16).
A China também está planejando desenvolver outro porta-aviões de nova geração chamado de CV002, que deverá ser equipado com o sistema de catapulta eletromagnética conhecido como lançador eletromagnético (EML), similar ao EMALS americano.
De acordo com especialistas militares chineses, a China precisa de dois grupos de ataque de porta-aviões no Oceano Pacífico Ocidental e dois no Oceano Índico. Para isso eles precisarão de pelo menos 5 ou 6 porta-aviões nos próximos anos.
Em 2 de maio de 2017, a DGA adjudicou um contrato à DCNS para a renovação de três das cinco Fragatas da Classe La Fayette (FLF) atualmente em serviço com a Marinha Francesa.
Nathalie Smirnov, Chefe de Serviços da DCNS, declarou: “A DCNS agradece à Direção Geral de Armamento (DGA) pela sua confiança e congratula-se com esta notificação relacionada com a modernização das plataformas e sistemas de combate das fragatas da classe La Fayette, nunca antes realizados neste tipo de fragata. A modernização aperfeiçoa o papel e o know-how da DCNS como integrador e modernizador de muitos sistemas dos navios da Marinha Francesa.
A adjudicação deste contrato está em consonância com a decisão tomada pelo ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, na comissão ministerial de investimentos, de iniciar este programa de renovação, paralelamente à realização da Fragata de Tamanho Médio (FTI), com o objectivo de manter uma formação de quinze fragatas de primeira categoria na Marinha Francesa durante a fase de transição, que acompanhará a entrega das fragatas FTI a partir de 2023.
Os trabalhos de renovação, que começarão em 2020, serão realizados em Toulon e sincronizados com as revisões programadas das fragatas. A primeira FLF renovada será entregue em 2021.
Concebidas para realizar missões de prevenção, proteção e intervenção, as fragatas da classe La Fayette contribuem para a gestão de crises e a proteção dos interesses franceses em todo o mundo. Entraram em serviço entre 1996 e 2001.
A renovação abrangerá a plataforma e o sistema de combate. Incluirá, entre outros aspectos, trabalhos de renovação da estrutura, dos sistemas electrônicos e informáticos utilizados para gerir as instalações do navio (propulsão, aparelho de governo, geração de energia etc). No que se refere ao sistema de combate, o sistema de comando de combate, que gere os sensores e as armas, será substituído por uma versão derivada da utilizada no porta-aviões Charles de Gaulle, as ligações de dados táticos serão modernizadas e o sistema antiaéreo Crotale será substituído por 2 novos lançadores SADRAL. Por fim, as Fragatas de classe Fayette estarão equipadas com uma capacidade antissubmarina, com a integração de um sonar montado no casco e contramedidas anti-torpedo.
A Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), informa o encerramento, no último dia 10 de maio, da primeira etapa do processo de obtenção, por construção, de quatro navios militares com requisitos pautados no projeto básico de Corvetas da Classe “Tamandaré” (CCT).
Na referida fase, iniciada em 10 de abril de 2017, a DGePM publicou no Diário Oficial da União (DOU) um Chamamento Público convidando para participar do futuro processo licitatório empresas ou consórcios, nacionais ou estrangeiros, capacitados nos últimos dez anos em construção de navios militares de alta complexidade tecnológica, com deslocamento superior a 2.500 toneladas.
As seguintes empresas/consórcios, por ordem alfabética, apresentaram documentações em atenção ao Aviso de Chamamento Público:
BAE Systems Ltd;
Chalkins Shipyards S.A.;
China Shipbuilding and Offshore Co Ltd;
China Shipbuilding Trading CO Ltd;
Damen Schelde Naval Shipbuilding B.V.;
DCNS do Brasil Serviços Navais Ltda;
Ficantieri S.p.A.;
German Naval Yards Kiel GmbH;
Goa Shipyard Ltd;
Mazagon Dock Shipbuilders Ltd;
Navantia SA;
Poly Technologies Inc;
Posco Daewoo do Brasil;
Rosoboronexport Joint Stock Company;
SAAB AB;
Singapore Technologies Marine Ltd;
State Research and Design Shipbuilding Centre;
Turkish Associated International Shipyards;
Thyssenkrupp Marine Systems GmbH;
Wuhu Shipyard CO Ltd;
e Zentech do Brasil Serviços Técnicos Ltda.
O processo de obtenção das CCT obedecerá às seguintes diretrizes básicas estabelecidas pela MB:
prioridade no atendimento às necessidades estratégicas de defesa do País, por meio da obtenção de novos navios militares de superfície, a fim de contribuir para o cumprimento das tarefas constitucionais da Força Naval;
necessidade de contar com empresa capacitada em projetar e construir navios militares de alta complexidade, cuja contratação deverá estar associada a um estaleiro nacional e à prática compensatória voltada para a geração de benefícios de natureza industrial, tecnológica e comercial ao Brasil; e
reconhecimento da importância estratégica e econômica da participação no processo das empresas nacionais que compõe a base industrial de defesa.
A próxima etapa do projeto prevê a elaboração e divulgação, no segundo semestre do corrente ano, da Solicitação de Proposta (Request for Proposal – RFP).
DIVULGAÇÃO: Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM)
SINGAPORE — Dois outros submarinos Type 218SG da ThyssenKrupp Marine Systems da Alemanha serão adicionados à frota da Marinha da República de Cingapura (RSN) a partir de 2024, anunciou na terceira-feira (16 de maio) o Ministro da Defesa Ng Eng Hen, na International Maritime Defence Exhibition and Conference (IMDEX) Asia.
Juntar-se-ão a outros dois submarinos anunciados previamente em 2013 — para ser entregues em 2021 e em 2022, respectivamente. Estes deverão substituir submarinos mais antigos na frota.
De acordo com uma declaração do Ministério da Defesa (MINDEF), os novos submarinos possuem inovações de design para otimizar os custos de treinamento, operação e manutenção. Eles também serão equipados com “capacidades significativamente melhoradas”, como sistemas modernos de combate e sistemas de propulsão independentes do ar (AIP).
O contrato do ministério com os construtores inclui um pacote de logística e um acordo de treinamento de tripulação na Alemanha.
Chamando o movimento de “outro passo importante no esforço de modernização da RSN”, Dr. Ng disse que a RSN precisa acompanhar o crescimento de outras marinhas na Ásia — estimulado pela necessidade de proteger o comércio e outros interesses marítimos.
“Os países da ASEAN, Austrália, China e Índia têm aumentado a capacidade de suas marinhas, com os orçamentos navais na região Ásia-Pacífico podendo aumentar em 60 por cento até 2020”, disse ele. O ministro também destacou um relatório de analistas de mercado de defesa naval AMI International, que estima que aproximadamente 800 navios de guerra e submarinos adicionais vão operar na região Ásia-Pacífico em 2030.
“Para ser eficaz, a RSN precisa manter o ritmo com este crescimento das marinhas na Ásia. Os quatro Type 218SG em serviço se complementarão em manutenção, logística e operações e terão melhores recursos para proteger nossas linhas marítimas de comunicação “, disse ele.
Em curso de 16 a 18 de maio, a IMDEX Asia destaca-se como o maior da atualidade, com 230 empresas participantes de 29 países, incluindo França, Alemanha e Itália, e a maior reunião de 28 navios de guerra de 20 marinhas. Representantes seniores das marinhas de mais de 40 países também estão presentes.
FONTE: Channel NewsAsia
Type 216
NOTA DO PODER NAVAL: os submarinos de Cingapura Type 218SG vão combinar características e tecnologias das classes Type 214 e Type 216. Terão também lemes em “X”.
Dos 40 estaleiros instalados no País, 12 estão parados e o restante opera bem abaixo da capacidade; sem encomendas e com sócios envolvidos na Operação Lava Jato, setor não lembra em nada a euforia de investimentos após a descoberta do pré-sal
Renée Pereira
Símbolo de um Brasil que tentou repetir o crescimento dos anos 70, o setor naval entrou em colapso. De um conjunto de 40 estaleiros instalados no País, 12 estão totalmente parados e o restante está operando bem abaixo da capacidade instalada. Sem encomendas, com o caixa debilitado e, em alguns casos, com sócios envolvidos na Operação Lava Jato, cinco desses estaleiros entraram em recuperação judicial ou extrajudicial. Dos tempos de euforia, sobraram uma dívida bilionária para pagar no mercado e quase 50 mil trabalhadores demitidos, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval).
Entre os estaleiros que ainda estão em operação, uma parte é voltada para a construção de embarcações fluviais, como barcaças, ou de transporte de passageiros, como os catamarãs comuns no Norte do País. A indústria voltada para a construção de plataformas e navios offshore, que nasceu para atender as demandas da Petrobrás, está em contagem regressiva, com os últimos projetos em fase final de construção. Alguns grandes estaleiros têm pouco mais de dois meses de trabalho e depois podem engrossar a lista de estabelecimentos parados.
A euforia de investimentos em estaleiros começou no governo Lula, com a descoberta do Pré-Sal pela Petrobrás. A partir daí, começaram a pipocar projetos de novos estaleiros em todo o litoral brasileiro, uma grande notícia para o governo que queria gerar emprego e turbinar a economia. Para quem aceitasse o maior porcentual de conteúdo local nas embarcações, o governo se propunha a financiar até 90% do projeto. De 2007 para cá, algo em torno de R$ 45 bilhões foram desembolsados do Fundo de Marinha Mercante (FMM) por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e demais bancos públicos e privados para financiar o setor.
Até 2014, a política do governo se mostrava positiva, apesar de alguns atrasos na entrega de projetos. A essa altura o setor empregava 82 mil pessoas e desenvolvia uma enorme cadeia produtiva. Mas, com a Operação Lava Jato, que atingiu em cheio a Petrobrás, queda no preço do petróleo e derrocada da Sete Brasil, empresa responsável pela contratação de navios para a estatal, a indústria naval brasileira desmoronou com uma sequência de cancelamentos de encomendas de embarcações. “Foi a tempestade perfeita”, diz André Carvalho, da Veirano Advogados.
Para complicar a situação, a Petrobrás fez um pedido à agência reguladora do setor (ANP) para reduzir os porcentuais de conteúdo local na construção de uma plataforma para o Campo de Libra, alegando que a produção no Brasil encarece em 40% o produto. “Os investimentos foram feitos baseados na política de conteúdo local. A eliminação seria muito complicada”, afirma Rodrigo Mattos, diretor da Alvarez & Marsal (A&M).
A crítica é que a crise veio num momento em que a curva de aprendizado estava crescendo, com milhões de reais investidos em treinamento de pessoal. “Pior. A crise pegou alguns estaleiros ainda na curva de investimentos”, diz o presidente da A&M, Marcelo Gomes. É o caso por exemplo do Enseada Paraguaçu, que tem como sócia as empreiteiras envolvidas na Lava Jato Odebrecht, OAS e UTC, além da japonesa Kawasaki. Com 82% das obras concluídas, o estaleiro está parado e em recuperação extrajudicial.
A solução tem sido buscar novas atividades para a área. O presidente da empresa, Fernando Barbosa, afirma que a opção em análise é a criação de um polo industrial e logístico. Outros estaleiros seguem o mesmo caminho e buscam reestruturar suas atividades, como o Inhaúma (RJ), afirma Sergio Leal, do Sinaval. No caso do Estaleiro Rio Grande, também em recuperação judicial, a solução em estudo é criar uma unidade produtiva isolada e vender em leilão a parte que inclui todos os equipamentos. “Se nada for feito, em dois anos estará tudo destruído”, diz Leal.
Nem o básico. Jorge Roberto Peixoto da Fonseca, de 46 anos, é uma das vítimas do colapso que vivem os estaleiros no Brasil. Há dez anos, ele deixou o Rio de Janeiro para se aventurar na implementação do polo naval de Rio Grande. Foi trabalhar na Ecovix, dona do Estaleiro Rio Grande, que em dezembro do ano passado demitiu cerca de 3 mil funcionários, depois de ter seus contratos rescindidos com a Petrobrás.
Fonseca foi um dos dispensados pela empresa, que em seguida entrou em recuperação judicial. Desde então, o desempregado vive um pesadelo.
Com 26 anos de carreira na área de tubulação, ele já passou por grandes empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima, projetos da Companhia Siderúrgica Nacional e uma fábrica da Nissan. Hoje, no entanto, não consegue nenhum emprego. “O máximo que consegui foi um bico de limpador de fossa”, afirma Fonseca.
O mesmo acontece com a mulher dele, Maria Angélica Rocha de Oliveira, de 49 anos. “No Rio, trabalhei no Itaú, numa indústria farmacêutica e em empresas de telemarketing. Aqui não consigo emprego nem como caixa de supermercado. Eventualmente aparece algum trabalho de faxina.”
Fome. Para sobreviver, os dois contam com a ajuda do filho de Maria Angélica, que ainda vive no Rio, e de vizinhos. “Tem dia que a gente não tem nem o que comer”, diz ela, que sofre de hipertensão e precisa seguir uma alimentação saudável por recomendação médica. “Eles me pedem para comer bastante fruta. Não temos dinheiro nem para comprar o básico.”
O aluguel do imóvel onde o casal vive com uma filha adolescente está atrasado há dois meses. “E já pediram para desocupar a casa”, afirma Fonseca, que ainda acredita na recuperação do setor naval de Rio Grande. Na semana em que a reportagem do Estado esteve na cidade, ele e outras dezenas de desempregados protestavam na frente do estaleiro da QGI, que ainda está em operação, em busca de trabalho.
A NUCLEP entregou, na manhã desta terça-feira (30/05), a Seção S1 e o Conjunto TR3 + TR4 do S-BR3 – Submarino Tonelero, fabricados em parceria com a Itaguaí Construções Navais (ICN).
A cerimônia aconteceu no Galpão Principal, com a presença do presidente interino e diretor Administrativo, Carlos Henrique Seixas, o diretor Industrial, Rogério Borges, o diretor Comercial, Ricardo Corrêa, e colaboradores da empresa.
O diretor Industrial da ICN, Carlos Adolpho Friedheim, também compareceu ao evento, juntamente com o gerente do Empreendimento Modular de Obtenção dos Submarinos Convencionais do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), Capitão de Mar-e-Gerra (EN) Celso Mizutani Koga.
A parceria com a ICN se propõe a fornecer seções de cascos resistentes para quatro submarinos convencionais e já entregou todas as Seções do SBR-1 e SBR-2, nos anos de 2015 e 2016, respectivamente.
A previsão é que todas as Seções do SBR-3 sejam entregues até agosto deste ano e as do SBR-4 até agosto de 2018.
Essas etapas habilitam as empresas para a construção do primeiro Submarino de Propulsão Nuclear construído no Brasil, cujo inicio está previsto no ano de 2018.